Simoa
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Quem somos
Brasil Colônia, janeiro de 1881, Província do Ceará. Tia Simoa, como era conhecida por toda gente, era mulher preta, liberta, e que no final daquele mês viveria e participaria de episódios que mudariam a história de homens e mulheres negros naquele estado e em todo o país.
Nos últimos dias daquele janeiro, ocorreu o movimento que ficou conhecido como “Greve dos Jangadeiros”, uma articulação dos trabalhadores do porto de Fortaleza, a maioria negros libertos, a fim de impedir o embarque de trabalhadores escravizados naquele local. O movimento enfrentaria, evidentemente, uma tentativa de repressão pelas forças da província, mas sairia vitorioso graças à mobilização social em apoio à greve, acredita-se que em grande parte graças à capacidade de articulação de Tia Simoa, usando do respeito que gozava junto àquela comunidade.
A imposição do fim do embarque de escravizados em Fortaleza pelos trabalhadores libertos contribuiu para que o Ceará fosse a primeira província do país a abolir a escravidão e influenciou os rumos da abolição em todo o Brasil. À Simoa Maria da Conceição, Tia Simoa, restou-lhe o crédito na memória dos homens e mulheres que ali viveram, e a invisibilização quase total de sua existência nos registros oficiais.
Ao escolher o nome Simoa, a empresa faz mais do que uma homenagem. Assume publicamente o compromisso de tornar visível uma história que foi apagada, e de inscrever em sua identidade um projeto de país mais justo. Tia Simoa representa o protagonismo de mulheres negras que foram fundamentais nas lutas coletivas do Brasil, mas raramente reconhecidas. Ao resgatar essa memória, a empresa estabelece um elo direto entre passado e presente, deixando claro para onde deseja seguir: rumo a um futuro onde todas as vozes sejam ouvidas — também na tecnologia.
Essa escolha também marca, no DNA da empresa, o que está no centro de sua missão: trazer para o campo da inovação pessoas que o mercado tradicional muitas vezes não enxerga. A Simoa acredita que a tecnologia só cumpre seu papel transformador quando se alinha ao reconhecimento de saberes diversos e à escuta ativa das realidades coletivas. Por isso, investe na formação de novos profissionais vindos de trajetórias historicamente marginalizadas, ao mesmo tempo em que desenvolve sistemas com foco nas pessoas — em todas elas. São sistemas para muitas pessoas, pensados para atender grandes audiências, com empatia, responsabilidade e inteligência.
Mais do que desenvolver tecnologia, a Simoa desenvolve cultura. Uma cultura que entende que quem usa um sistema importa tanto quanto quem o constrói — e que ambos merecem estar no centro das decisões. Nossa atenção está voltada para o coletivo: nos projetos que entregamos e na forma como cuidamos da nossa equipe. Inspirada por uma liderança do século XIX quase esquecida, a Simoa se compromete, todos os dias, a construir um novo presente: mais plural, mais justo, mais potente.